Posturas de um Verdadeiro Líder
Todos dizem saber ao menos os principais conceitos de liderança. Mas por que reclamamos tanto da ausência em nosso dia a dia de uma gestão que utiliza práticas e desenvolve as habilidades de verdadeiros líderes?
Por que as empresas dizem priorizar o desenvolvimento da liderança, mas na prática não conseguimos de fato percebê-la?
Porque é um desenvolvimento que dá trabalho e muitas vezes difícil de ser percebido de maneira rápida e através de resultados financeiros. O que atualmente é mais valorizado no mundo corporativo está relacionado a: ferramentas de controle e gerenciamento que apresentam os índices de produtividade e resultados, ferramentas de avaliação de desempenho, avaliação 360º, etc. Entretanto, através delas não conseguimos trazer os sentimentos que estão envolvidos no engajamento dos colaboradores, o quanto eles respeitam e admiram seus líderes e de que forma esses aspectos criarão um ambiente de comprometimento, fidelização e parceria sincera.
Gostaria de trazer neste artigo alguns aprendizados que tive com o coaching, que me fizeram perceber por que essas falhas ocorrem e como é possível obter alta performance como líder.
Primeiro, nós seres humanos não gostamos de ser comandados como robôs, temos aspirações e queremos ser reconhecidos e estimados por nosso trabalho.
O gestor muitas vezes foca no que deve ser feito sem buscar entender a pessoa que vai executar e não consegue perceber as diferenças entre os perfis de seus liderados.
Um dos pontos fundamentais no coaching é aprender a ouvir na essência. Muitos gestores estão preocupados mais em falar do que ouvir e o problema disso é que ele não consegue conectar-se com as pessoas, gerar empatia e ter uma interação mais profunda e efetiva com os seus liderados.
O líder deve saber influenciar as pessoas, mas de maneira que respeite as opiniões diferentes das suas, é saber que não tem todos os conhecimentos do mundo e já “sabe tudo” e que sempre é possível aprender alguma coisa com novas situações e com os outros.
É não acreditar que os outros estão ali para servi-lo, é uma via de mão dupla, uma relação de parceria em que o colaborador deve se comprometer em entregar os resultados, mas o líder deve ajudar os seus liderados em seu desenvolvimento, para se tornarem cada vez melhores e superarem a si mesmos. Lembrando que superar a si mesmos é muito melhor e mais sadio para o ambiente interno do que a competição acirrada em que um profissional só se preocupa em superar o outro colega (visão limitada).
O verdadeiro líder é aquele que diz e faz a mesma coisa, criando coesão entre esses dois aspectos, gerando confiança em seus liderados. É aquele que cumpre o que fala. Caso não consiga cumprir, que tenha coragem de expor e assumir as razões para isso.
Acredita e defende os seus ideais e não fere os seus próprios valores, mas entende que os outros podem ter valores diferentes dos seus, respeitando essas diferenças.
O líder não precisa ter sempre respostas prontas, mas induzir os outros a pensar de maneira diferente para abrir a mente e buscar novas soluções e perspectivas. Procura sempre se atualizar e adquirir novos conhecimentos e é avido por aprender.
Tem humildade para saber que não é dono da verdade e que autoridade não se adquire com a imposição e sim com a admiração e respeito e esses aspectos precisam ser conquistados.
Procura se auto gerenciar para mostrar o que quer de seus liderados, através do exemplo.
Existe a parte técnica e as ferramentas que o líder deve utilizar para gerenciar as pessoas e os processos, o que procurei trazer neste artigo é a essência da postura de um verdadeiro líder que deseja obter engajamento e que busca ter resultados extraordinários de seus liderados.
Os colaboradores podem produzir muito mais do que produzem hoje e ser mais comprometidos, mas precisam ter uma razão para isso e é essa razão que o líder deve desenvolver e mostrar de várias maneiras à sua equipe.
Pense que as pessoas têm um enorme potencial dentro delas, mas que usam apenas um décimo de todo o potencial por desconhecer ou por não ter alguém que os ajude nesta tarefa.